O governo dos Estados Unidos introduziu uma nova estrutura de exigências e tarifas incidentes sobre embarcações de bandeira chinesa, bem como sobre operadores chineses no setor de navegação marítima.
A nova regulamentação, divulgada pelo Departamento de Segurança Interna (DHS), exige que todas as embarcações que ingressem em portos norte-americanos, sob controle ou operação de empresas chinesas, forneçam informações detalhadas sobre a estrutura societária da empresa responsável e dos seus contratantes. Além disso, foi instituída a obrigatoriedade de inspeções adicionais para essas embarcações, mesmo que elas não estejam transportando cargas destinadas aos EUA.
Foi ainda determinado que os navios operados por empresas chinesas serão submetidos a tarifas adicionais que podem chegar a até US$ 1 milhão por escala. Segundo o DHS, essas taxas serão aplicadas com base em fatores como o tipo de carga, o volume transportado e o histórico de conformidade da empresa.
As medidas integram um novo pacote de ações voltadas à segurança nacional e à redução da presença de operadores estrangeiros considerados estratégicos. As autoridades norte-americanas afirmam que essas exigências passam a valer imediatamente e que o não cumprimento poderá resultar em bloqueio do desembarque de cargas e imposição de multas adicionais.
No tocante às operações entre EUA x BRASIL, as companhias mais afetadas serão COSCO, que representa 8% do mercado, Evergreen (7%) e Wan Hai Lines (4%);
Recomendamos atenção especial às operações logísticas com origem na China que tenham os Estados Unidos como destino, mesmo quando se tratar de transbordo ou de cargas em trânsito.
Clientes com operações nesta rota devem revisar seus contratos e avaliar impactos sobre prazos e custos logísticos.